terça-feira, 5 de julho de 2011

Jean "Multi" Cocteau


Ele vai, volta e faz tudo ao mesmo tempo, agora.


Não importa a arte que venha depois, de que família veio, se o entenderam ou os apelidos que teve. Ele nunca conseguirá abandonar seu primeiro nome, Poeta é para sempre. 

Joakim Antonio



"Todo poema é um escudo de armas.
Tem que ser decifrado.
Quanto sangue, quantas lágrimas
em troca desses machados,
dessas amordaças, desses unicórnios,
dessas tochas, dessas torres,
desses martelos, dessas plantações
de estrelas e desses campos de azul!
Livre para escolher as faces,
as formas, gestos, tons, atos,
lugares que o agradem,
ele compõe um real documentário
de eventos irreais. O músico
sublinha o ruído e o silêncio."

Jean Cocteau  - Epígrafe do filme Sangue do Poeta




Jean Maurice Eugène Clément Cocteau (Maisons-Lafitte, 5 de julho de 1889 — Milly-la-Forêt, 11 de outubro de 1963) foi um poeta, romancista, cineasta, designer, dramaturgo, ator, e encenador de teatro francês.

Foi um artista multitalentoso que alcançou êxito em todas as áreas em que atuou. Foi, especialmente, poeta mas também dramaturgo, diretor de teatro, pintor, ator, escultor e cineasta.

Além dessas atividades, Cocteau se enveredou também pela música e escreveu libretos para obras de Stravinski, Darius Milhaud, Eric Satie, além de cenários para balé e teatro.

Tornou-se amigo de Pablo Picasso, Modigliani e Apollinaire e se aproximou do grupo surrealista, vindo a ser um expoente ativo desse grupo.

Em 1919, publicou o seu primeiro livro, O Potomac, seguidos de Le Grand Écart (1923), Orfeu (1927), Os Filhos Terríveis (1929), A Voz Humana (1930), A Máquina Infernal (1934), Os Pais Terríveis (1938) e Baco (1951), entre romances, peças de teatro e poesia.

Em 1930 escreveu e dirigiu O Sangue de um Poeta (Le Sang d'un Poete) que revelou um talentoso cineasta, obra que se tornaria representante máxima da corrente poética e surrealista no cinema e que reflete, de forma enigmática e metafórica, sobre o mundo interior de um poeta, seus medos, obsessões, a preocupação com a morte e as dificuldades da criação artística.

A contribuição de Cocteau ao cinema, começou em 1925. Em 1955 tornou-se membro da Academia Francesa. Uol educação 

Para saber mais:

  • Jean Cocteau: comunicação visual e imaginário mitopoiético Maria Beatriz Furtado Rahde em Revista Contracampo
  • Jean Cocteau e a sinceridade na ARTE por COSTA E MELO em Semanário Aveirense "Litoral" - Suplemento Companha
  • Grandes entrevistas: Jean Cocteau em tirodeletra.com.br - Entrevista conduzida por William Fifield, publicada originalmente na Paris Review, nº 34, verão de 1964, e republicada no livro Os escritores 2: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. 



Imagem: Jean Cocteau, 1949. by Philippe Halsman

6 comentários:

  1. Joakim,
    Agrada-me essa sua faceta de mergulhador profundo na tentativa de entender as coisas...

    Abraço

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  2. Bello poema "Todo poema es un escudo de armas, tiene que ser descifrado" Magnífico y real. Aplausos. Un abrazo.

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  3. @ AC

    Agrada-me tuas palavras amigo, preciso acercar-me mais dos poetas de tua/nossa terra! Abraço!

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  4. "Não importa a arte que venha depois, de que família veio, se o entenderam ou os apelidos que teve. Ele nunca conseguirá abandonar seu primeiro nome, Poeta é para sempre." Joakim Antonio

    PERFEITO! PARABÉNS!
    SE VC ME PERMITE, VOU COLOCAR NO MEU BLOG, NA COLUNA DIREITA. DE ACORDO?
    BEIJOS,
    CARLA

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  5. Postei seu poema no meu blog, na coluna dirita. Se vc não concordar me diga por favor. È que achei tão lindo!!!!
    :-)

    ResponderExcluir
  6. @ Carla

    Sem problemas Carla, os filhos devem seguir seus próprios caminhos. Eu que agradeço.

    Uma ótima noite!

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"Quando escrevo minhas idéias tornam-se a pena e minha alma a tinta, por isso quando você lê, você me sente."

Deixe-me saber o que você sente.

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