domingo, 30 de setembro de 2012

Baile de Letras - Retratos da Alma




Baile de letras, coluna Palavra Expressa no site Retratos da Alma 




Livros e personagens
princesas, heróis, vilões
histórias desfilando
dançando num baile

Salão de páginas
devidamente preparado
com música tocando
ao abrir da capa

A cada folhear
um novo movimento
que a janela da alma
consegue captar

Nova dança, outro capítulo
palavras são...



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Imagem: Venetian Mask by AlienDrawer

domingo, 23 de setembro de 2012

Para onde vamos


Estou lendo um livro, nele há um  personagem que se parece comigo. Vive situações praticamente iguais. Então eu penso que poderia seguir sua mesma direção, neste exato momento. Mas também penso quantas vezes seguimos, sem perceber, as linhas de um livro.

Indo mais além, percebo que meu maior herói, possui tudo o que desejo. E não falo de posses, e sim, apenas a direção certa a seguir. É claro que, como todos, acabei de ignorar partes da jornada. Em especial, sua queda e a negação em aceitar a direção certa.

Já disse o poeta maior, "Viver não é preciso.", mas ultimamente sentimos que navegar, também não o é mais. Nem o relógio possui a mesma precisão. O dia passa rápido demais e um livro por dia vai ficando tão longe, que uma página nos satisfaz.

Ignoramos todos os sinais, buscando uma direção que apreciemos mais. Hoje, pouco no papel e muito no virtual, onde cada dígito leva nossa verdadeira digital. Não do dedo polegar, mais apontado para baixo do que antigamente, perdendo feio para o dedo do meio. Mas do nosso caminho.

Sim, poderíamos descobrir nossa direção, simplesmente, lendo a nós. Buscando o começo, nas notas da escola, nas redações, nos blogs. Fotos espalhadas pela rede, ou colocadas nas paredes. Rever aquela fita VHS, o DVD, aquele momento postado no youtube, no twitter, no facebook.

Hoje em dia, no formato ebook, podemos ter uma biblioteca muito maior do que a de Alexandria. E mesmo assim nos fazemos de bobo, ao procurarmos em livros, um caminho definitivo. Se analisarmos bem já sabemos, a única direção certa, completamente, é para frente.


Joakim Antonio


Imagem: Directions by Pitifulhole

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Onde estamos




Lemos uma história, de cabo-a-rabo, perfeitamente engendrada. Misteriosa no começo, despedaçada pelo meio e maravilhosamente costurada no final. Então desejamos, um dia, poder escrever assim.

Nesse instante, em algum lugar secreto, diversos autores riem. Desejando o mesmo que todos nós. Escrever precisamente, seguindo o roteiro, começo, meio e fim. Porque muitos começam pelo meio, mas a maioria pelo fim.

E não é característica, apenas, de quem escreve longos textos. Pergunte a diversos escritores, ele não mantém segredo, até um haikai pode ser assim. Afinal, primeiro há a ideia e toda ideia, possui um fim; mas a história não.

Tão fácil se perder em um texto, mas nem sempre por distração do leitor. Existem caminhos camuflados, que saltaram da mente para a escrita do autor. Assim como caminhos doces, ou amargos, para quem lê, e que ele sequer imaginou.

Então ao ler, pensamos se estamos no fim ou no começo de tudo. Procuramos uma âncora, entre a imagem e o texto. Nesse caso, uma imagem do nosso doce lar, uma galáxia, feita de açúcar; assim como alguns poemas.

Ao ler um poema, que nos toca de leve, sentimos grãos de açúcar, se desmanchando no céu da boca. Já, dependendo de onde estamos nesse universo, sentimos apenas areia, nesse momento, irritando os olhos.

Sempre que um texto nos toca, profundamente, deixando-nos completamente atônitos, ficamos com aquela sensação, de leveza ou pesar, mas em ambas situações, perdidos no ar, e sem saber, realmente, onde estamos.


Joakim Antonio



Imagem: Sugar by Jefras

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Quem somos


Quem é o escritor. Quem é o leitor. Quem somos, além de variáveis da escrita, adaptáveis a vida. Lendo eu, quando escrevo você, descobrindo você, quando lê, eu.

Será que algum dia alguém escreverá, perfeitamente, sobre uma vida. Poderá alguém, igualmente, não se ler. Serão as letras apenas divãs, onde, ao se escrever raízes, não se leia passado.

Escritas perenes não possuem tempo, justamente por lembrarem, sempre, a nós. Por deixar abstrato e simbólico, o nosso eu, a ser interpretado e co-criado por qualquer leitor.

Quando escrevo que algo aconteceu, pode-se ler o inesperado, mas algo sempre acontecerá, então nada há de ousado na espera e sim, no agir. Sabendo disso, mesmo que inconscientemente, agimos lendo, sendo, personagem e autor, de qualquer história.

Seguindo esse princípio, poderíamos nos alongar por horas de prosa, infinitude de versos, entre contos e crônicas, dessa vida a dois, desse casamento que sempre haverá, no romance, entre autor e leitor.

Mas sempre ficará a dúvida, ao relermos um texto, do porquê, alguns pontos da história mudarem. Será que lemos, em um novo momento, e finalmente, o que o autor escreveu, ou continuo lendo, apenas, eu.



Joakim Antonio



Imagem: Who are you by Scribthetreehugger

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Documentário - Sydney Possuelo - Uma vida amazônica



Sinopse


Sydney Possuelo, personagem do documentário da série "Memórias" da TV Câmara, é o último sertanista da antiga saga liderada pelos irmãos Vilas Boas, os heróis da sua infância, seguidores de Rondon, o desbravador do oeste brasileiro. Sydney viveu mais de 50 anos na selva, sobreviveu a mais de 30 malárias, contatou oito povos indígenas no grande avanço do homem branco sobre a Amazônia. No início pensava, como Rondon e os Vilas Boas, integrá-los à sociedade. Mas o que se viu foi um cenário de genocídios. "Comunidades inteiras, línguas, culturas simplesmente desapareceram", recorda. Hoje ele defende que deixemos os índios em paz, isolados em reservas.

"Sydney Possuelo -- Uma Vida Amazônica", dirigido por Roberto Stefanelli e editado por Joelson Maia, conta, nos depoimentos do sertanista, o início da grande marcha da civilização branca para a Amazônia. Primeiro para estender linhas telegráficas e construir pontos de contato que encurtassem o caminho aéreo rumo norte e aos Estados Unidos, depois pela construção das estradas que rasgaram o território. Junto com as matas, este avanço devastou ou marginalizou milhares de índios que o sertanista conheceu ainda altivos e senhores de culturas milenares, perdidas para sempre.

Condecorado por vários governos estrangeiros, ex-presidente da Funai, da qual foi afastado por críticas à sua nova postura e abandono, principal responsável pela demarcação das terras Yanomamis, Sydney conta por que hoje é radicalmente contra qualquer contato com os povos ainda isolados na Amazônia. "Eu cresci na escola de Rondon, e hoje sei que estávamos completamente errados". Mas sabe que, mesmo isolados, o futuro destes povos é incerto. "Irão durar o quanto queremos que eles durem. Os responsáveis pelo futuro deles próprios não são eles. Somos nós", diz.


FICHA TÉCNICA

Direção e Edição: Roberto Stefanelli
Edição de Imagens & Finalização: Joelson Maia
Videografismo: Ernani Pelúcio
Trilha Sonora: Alberto Valério
Pesquisa: André Bergamo E Roberto Stefanelli
Produção:Pedro Caetano
Cinegrafistas: Edson Cordeiro e Leandro Ribeiro
Locução: Claudio Lessa



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sábado, 15 de setembro de 2012

Anúncio - Retratos da Alma




Anúncio, coluna Palavra Expressa no site Retratos da Alma 




Ao longe
direto das planícies
ouve-se um grande som

Todos
em suas moradas
giram a cabeça na direção

Uma criança
abraça seu ursinho
por debaixo do cobertor

Uma senhora...



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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ultrajada



Bandeira hasteada.

Contra a haste,
cupins, serras,
culturas inteiras.

Metade solitária.

Solidária a meio-pau,
encontrada a meio-fio,
enfincada na multidão.

Fulgurante como o sol.

Ilumina a noite,
até virar cinzas,
e talvez, Fênix.

Multiplicada em partes.

Rasgadamente exaltada,
parte por parte,
após regurgitada, de cima.

Bandeira ultrajada.

Por não conseguir chegar,
muito antes,
a quem mais a exalta e precisa.

Joakim Antonio

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Pifado



Havia apenas uma TV para toda comunidade, montada no alto da vila. Todos viviam contentes, falavam das fofocas, experimentavam as receitas novas e sabiam que o mundo andava bem, pela fala do presidente. As meninas sonhavam com os galãs e os meninos, em ser o melhor jogador, para aí sim, como viam sempre, andarem com beldades a tiracolo. As crianças eram cuidadas pelos desenhos e  juntamente com os adultos, eram ninados pela trilha sonora do dia.

Mas um dia algo aconteceu, uma grande ventania como nunca se vira. Derrubou telhas, alguns muros e para desespero geral, o aparelho de TV. A comoção foi geral e todos foram dormir sem saber mais como seria seu amanhã e o quê fazer para serem iguais, normais como o mundo inteiro.

Pela manhã tomaram outro susto, estava tudo diferente, de onde viera tanta desolação? Muitas casas não foram atingidas pela ventania, mas estavam péssimas. Pessoas olhavam e não se reconheciam, a vegetação praticamente não existia, assim como os diversos animais que deviam estar ali.

Todos ficaram se perguntando de onde viera tamanho vazio, até que o mais sábio da vila resolveu olhar o televisor bem de perto e logo depois, os olhou com um sorriso, chamando os outros a verem também.

Então ele disse: nosso mundo ontem era belo, hoje amanheceu estranho, mas a culpa foi da ventania, olhem bem para o que a TV nos mostra hoje - e todos olharam para a tela estraçalhada - agora olhem em volta, não há nada de errado com ela, o mundo é que pifou.


Joakim Antonio


Imagem: Tuned out by Tfavretto

Documentário - Memória Política: Ferreira Goullart


 Sinopse


O poeta Ferreira Gullar fala da resistência ao regime militar e do papel dos artistas e intelectuais no combate à ditadura.

Conta ainda sobre o episódio da morte do estudante Edson Luiz e do recrudescimento do regime.

Seu exílio no Chile, a criação do "poema sujo" e sua volta ao Brasil são temas relatados com muita precisão e humor por Ferreira Gullar.


Título: Memória Política
Autor: TV Câmara
Categoria: História
Idioma: Português
País: Brasil




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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Saída complicada








Demorou a encontrar
a porta azul
que dava liberdade
através do muro

Sorriu, e ao abri-la
se espantou
em vez de passagem
 uma mensagem


Não há saída fácil, se quer mudar o futuro, pule o muro.



Joakim Antonio



Imagem: Door is open by Wojtar

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Eixo do mundo

A caminho do eixo.

 
Onde fica o eixo do mundo
você saberia dizer
Será que alguém o esconde
ou fica por ai
para todo mundo ver

Qual o caminho para o norte
diga quem guia você
Existirá um caminho direto
para a felicidade
que todos queremos ter

Haverá um barco mais certo
quem fez o meu e o seu
Poderemos entrar no eixo
e salvar este mundo
fazendo em vez de dizer



Joakim Antonio



Imagem: North Star by ahermin

sábado, 1 de setembro de 2012

Toque irresistível - Retratos da Alma





Toque irresistível, coluna Palavra Expressa no site Retratos da Alma 




Ouço o bater no vidro

Das realidades infinitas

Conheço o som

De cada dedo

Decifro as batidas

Do seu coração



Ouço todos seus toques

De ideias novas

Leio as lin...


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