Algo lhe tira o sono
Dentro do próprio sonho
Acorda suas madrugadas
E a consome
Tateando na penumbra
Pega o livro proibido
E o lê até o fim
De novo, de novo e de novo
Algo lhe dá corda
Dentro da própria história
Feita de páginas quentes
Sem lado certo, verso ou frente
Sente um gosto bom
Descendo garganta abaixo
Aguardente de desejos
Destilada na mente
Então caminha até a mesa
Pega folhas e caneta
E num impulso
Passa a língua nos lábios
O gosto continua alí
Seus olhos se iluminam
Cenas povoam o ar
Não há mais como escapar
Decidiu ceder aos instintos
E novamente escreveu
E com desejos e sonhos em dia
Finalmente dormiu em paz
Joakim Antonio
Publicado originalmente na coluna Palavra Expressa, em Retratos da Alma.
Imagem: The cure for insomnia by Kit7en
E novamente escreveu
E com desejos e sonhos em dia
Finalmente dormiu em paz
Joakim Antonio
Publicado originalmente na coluna Palavra Expressa, em Retratos da Alma.
Imagem: The cure for insomnia by Kit7en
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