quinta-feira, 18 de março de 2010

Pequena Morte

Na primeira vez, acordei primeiro e fiquei olhando ela dormir, seu peito subia e descia calmamente, compassadamente como um relógio preciso, já era dia e eu amei estar ali. Continuávamos abraçados, encaixados, não era mais virtual e continuávamos conectados. Admirava seu semblante calmo, amável, havia um leve sorriso mesmo estando dormindo. Deslizei as costas da mão pelo seu rosto, descendo pelo pescoço, por sua  pele cor de bronze e seu cabelo agora selvagem, depois da guerra travada ali naquele campo de batalha. Como agora, não tinha o mínimo de sono, queria guerrear mais, mas também adorava ver ela em paz. Ainda mais quando a paz era dupla, pois nessa luta ninguém sai perdendo apesar de acabarem os dois morrendo. Uma pequena morte é verdade, mas que sempre é buscada, pois com ela o corpo para no tempo e apenas por um momento, as almas se fundem, voam e dançam para retornarem completas, repletas um do outro e de si mesmos. E todo dia eu quero morrer de novo.

Joakim Antonio



Pequena Morte - Publicado 11 de março de 2010 no Manufatura - Literatura feita de maneira artesanal.
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3 comentários:

  1. Eu só quero morrer se for com você.

    Te amo Preto


    P.S - Relato somente do primeiro dia os demais ...bem, deixa..os hematomas falam por ..kkkkk

    é naaaaaaaaada...adoooooooooooro

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  2. Lindo post amigo. Singelo, verdadeiro e intenso.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  3. Tem selinho pra ti do dia do blogueiro em http://memesdamiss.blogspot.com/
    Espero que goste, beijos.

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"Quando escrevo minhas idéias tornam-se a pena e minha alma a tinta, por isso quando você lê, você me sente."

Deixe-me saber o que você sente.

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