Na primeira vez, acordei primeiro e fiquei olhando ela dormir, seu peito subia e descia calmamente, compassadamente como um relógio preciso, já era dia e eu amei estar ali. Continuávamos abraçados, encaixados, não era mais virtual e continuávamos conectados. Admirava seu semblante calmo, amável, havia um leve sorriso mesmo estando dormindo. Deslizei as costas da mão pelo seu rosto, descendo pelo pescoço, por sua pele cor de bronze e seu cabelo agora selvagem, depois da guerra travada ali naquele campo de batalha. Como agora, não tinha o mínimo de sono, queria guerrear mais, mas também adorava ver ela em paz. Ainda mais quando a paz era dupla, pois nessa luta ninguém sai perdendo apesar de acabarem os dois morrendo. Uma pequena morte é verdade, mas que sempre é buscada, pois com ela o corpo para no tempo e apenas por um momento, as almas se fundem, voam e dançam para retornarem completas, repletas um do outro e de si mesmos. E todo dia eu quero morrer de novo.
Joakim Antonio
Pequena Morte - Publicado 11 de março de 2010 no Manufatura - Literatura feita de maneira artesanal.
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Eu só quero morrer se for com você.
ResponderExcluirTe amo Preto
P.S - Relato somente do primeiro dia os demais ...bem, deixa..os hematomas falam por ..kkkkk
é naaaaaaaaada...adoooooooooooro
Lindo post amigo. Singelo, verdadeiro e intenso.
ResponderExcluirBeijos.
Tem selinho pra ti do dia do blogueiro em http://memesdamiss.blogspot.com/
ResponderExcluirEspero que goste, beijos.