Ah que mundo lindo
sempre bem tratado
aquecido e protegido
Ah que mundo belo
flores em volta
rosas e papo amarelo
Ah que mundo perfeito
como se fosse uma nuvem
no meu céu de direito
Ah que mundo único
nasci e morrerei aqui
onde sempre tive tudo
Joakim Antonio
Ilusões da vida - Francisco O. Rosa
"Quem passou pela vida em branca nuvem,
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu;
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu."
Francisco Otaviano de Almeida Rosa (Rio de Janeiro, 26 de junho de 1825 - Rio de Janeiro, 28 de junho de 1889) foi um advogado, jornalista, diplomata, político e poeta brasileiro. É o patrono da Cadeira n. 13, por escolha do fundador Visconde de Taunay.
Poeta desde menino, não se dedicou suficientemente à literatura. Ele mesmo exprimiu com frequência a tristeza de haver sido arrebatado à poesia pela política, por ele chamada de "Messalina impura", num epíteto famoso. Apesar da carreira fácil, respeitável e brilhante, cultivou sempre a nostalgia das letras.
Sua obra poética representa uma espécie de inspiração do homem médio, mas não banal, o que lhe dá, do ponto de vista psicológico, uma comunicabilidade aumentada pela transparência do verso, leve e corredio. Em torno do eixo central de sua personalidade literária se organizam as tendências comuns do tempo, num verso quase sempre harmonioso e bem cuidado.
Nas suas traduções de Horácio, Catulo, Byron, Shakespeare, Shelley, Victor Hugo, Goethe, revela-se também poeta excelente. Ficou para sempre inscrito entre os nossos poetas da fase romântica, mesmo que não tenha exercido a literatura com paixão, e o patriota que foi dá-lhe lugar entre os grandes vultos brasileiros do século XIX.
Fonte: Academia Brasileira de Letras
Imagem 1: Caged by Arcius Azrael
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