quarta-feira, 30 de julho de 2014

Simplificando - Descortinando Mario Quintana (poeta)



Quando saía à rua,
evocava Tolstói.
Fugia de casa,
aberto a caminhos,
seguindo
alma e coração.
Num momento inesperado,
ele chegou.
Veio ao mundo
já sabendo,
que o tempo,
não passa de ilusão.
Farmacêutico da vida,
receitou o simples.
Letras certeiras
são remédio, que
descomplicam dores,
sem remediação.
A linha do seu destino,
o poeta escreveu.
Desde menino,
dando mão ao sonho,
fez da vida
linda canção.

Joakim Antonio



A verdadeira arte de viajar 

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, 
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. 
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... 
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando! 


(Quintana in “A cor do invisível”) 





Mario Quintana nasceu em Alegrete, dia 30 de julho de 1906 e, com 20 anos, vem morar em Porto Alegre. Morou no Hotel Majestic de 1968 a 1980.

Publicou mais de 20 livros, sem contar as antologias. O primeiro, aos 34 anos, “A Rua dos Cataventos”. O último, em 1990 “Velório sem Defunto”. Com Sapato Florido, Pé de Pilão, Caderno H, Esconderijos do tempo, Lili inventa o mundo, consagrou-se como poeta do cotidiano e lirismo, e um dos ícones da literatura brasileira.

Poeta, jornalista e tradutor, trabalhou nos Jornais O Estado do Rio Grande e no Correio do Povo (com sua coluna Caderno H). Como tradutor, notabilizou-se com sua impecável tradução de Proust. Traduziu a literatura européia, como Giovani Papini, Virginia Woolf, Voltaire, entre outros.

Morreu em 5 de maio de 1994, aos 87 anos, imortalizado pela Casa de Cultura que leva seu nome e, principalmente, pelo Quarto do Poeta, uma reconstituição fiel com móveis e objetos pessoais do escritor.

Clique Aqui para ler matéria em comemoração aos 100 anos do poeta.


Imagem 1: Quarto V by  Itamar Aguiar


Imagem 2: CCMQ by Liane Neves

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