"Eles passam pra lá e pra cá, vendo apenas uma cadeira, já ele, no primeiro olhar, vê cenas de uma vida inteira."
Joakim Antonio
"Quando eu morrer, não deixarei o meu pobre nome ligado a nenhum livro, ninguém citará um verso nem frase que saísse do cérebro; mas com certeza hão de dizer: "Ele amava o teatro", e este epitáfio moral é bastante, creiam, para a minha a minha bem-aventurança eterna." (Artur Azevedo "O Theatro", jornal A Notícia, 22/09/1898.)
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo ( 7 de julho de 1855 - 22 de outubro de 1908) foi um poeta, dramaturgo, contista e jornalista brasileiro.
Na poesia, foi um dos representantes do Parnasianismo, e isso meramente por uma questão de cronologia, pois era um poeta lírico, sentimental, e seus sonetos estão perfeitamente dentro da tradição amorosa dos sonetos brasileiros.
No conto e no teatro, Artur Azevedo foi um descobridor do cotidiano da vida carioca e observador dos hábitos da capital.
Escreveu cerca de duzentas peças para teatro e tentou fazer surgir o teatro nacional, incentivando a encenação de obras brasileiras. Como diretor do Teatro João Caetano, no Rio, encenou quinze originais brasileiros em menos de três meses.
Artur de Azevedo, consolidou a comédia de costumes brasileira, e tornou-se o principal autor do Teatro de revista, em sua primeira fase. Com uma produção jornalística intensa, deve-se a ele a publicação de uma série de revistas, especializadas, além da fundação de alguns jornais cariocas.
Figurou, ao lado do irmão Aluísio de Azevedo, no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira n. 29, que tem como patrono Martins Pena. Fonte: ABL - Academia Brasileira de Letras
Para saber mais:
- Ensaio, Arthur Azevedo: extraordinário, mas relegado, por Mauro Rosso
- Poemas em antoniomiranda.com.br e em astormentas.com
- Textos de Artur Azevedo para dowload no Portal Domínio Público
- As crônicas de Artur Azevedo na revista literária O álbum (1893-1895) em Unesp
Imagem: Rocking Chair by athotmaildotcom
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