terça-feira, 1 de junho de 2010

Vida de mentira


Na insegurança da adolescência 
mentiu idade
para conseguir emprego
 onde morava
pelo preconceito
 sobre o trabalho
para não virar piada

Já homem feito e livre do medo
continuou mentindo 
para as crianças
pela alegria
aos adultos
para relaxarem
a idosos 
para relembrarem

Chegando no fim da vida
ainda assim mentia
se dizendo saudável
para não lhe pararem
com o coração forte
mas aos poucos morria 
por dentro chorava
mas por fora sorria 

Morreu no fim do espetáculo
 segurado nas cortinas
enquanto o povo aplaudia de pé
achando que ainda vivia

Joakim Antonio 

4 comentários:

  1. Muito legal a sua narrativa poética. Gostei mesmo! É o tipo de texto que prende do começo ao fim... No final das contas, morremos todos no fim do espetáculo.

    Beijos e boa terça!

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  2. La mentira nunca lleva a nada bueno.
    Mejor ir siempre con la verdad por delante.
    Biquiños meniño.

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  3. É bem isso!
    Quem conta uma mentira precisa de mais um infinidade delas para manter a primeira.

    A verdade pode não ser muito bonita, algumas vezes, mas é sempre o melhor caminho.

    beijo

    ResponderExcluir
  4. vidas de mentira, son vidas paralelas, salvo que tambien, sea mentira!
    un saludos
    lidia-la escriba

    ResponderExcluir

"Quando escrevo minhas idéias tornam-se a pena e minha alma a tinta, por isso quando você lê, você me sente."

Deixe-me saber o que você sente.

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