segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Nova visão - Revista Plural






Hoje acordei pássaro, a terra parece não ter substância e o que me aprisionava foi-se, ando leve e ainda absorto com o desconhecido que me encara nas vitrines da cidade, seus olhos extremamente límpidos, brilham num acobreado, agora claro,refletindo pouco do dono e muito das nuvens no céu. Da necessidade de estar no ar, junto à angústia de não possuir asas, procuro o prédio mais alto e subo, num engodo bobo, com esperança de me sentir novamente em casa. Entro decidido, como dono de tudo, até do destino e estranhamente ninguém me interrompe, talvez pelo terno caro e a maleta reluzente. Nem chego a cogitar o elevador, ando em direção às escadas e subo correndo, a cada lance minhas pernas gritam, pare, meu pulmão forçosamente se expande e o ar queima a garganta, mas minha mente, lembrando um filme-sonho recorrente diz, “Corra menino, corra!”. Como um balão que precisa subir mais, me livro do supérfluo ter, deixo a maleta no terceiro andar, o paletó no quinto, a gravata no sétimo, seguidos de camisa, sapatos e calça em algum número esquecido, mas a vergonha, lembro bem, deixei no último.

Finalmente chego próximo do meu novo habitat, coloco a mão na maçaneta fria e....



Nova Visão, por Joakim Antonio, Revista Plural - Volume Quatro, Pág. 19.



Leia o texto completo na Revista Plural online. 

Clique neste link ou na imagem no começo do texto.

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