terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Famintos



Quando você chega, me desperta, do sono profundo
Me deixa pronto e alerta como uma fera
Sentindo seu cheiro, querendo seu gosto

Eu sou um LOBO

Entra em minha toca, de leve, sem medo
Se abre para mim e me eriça os pelos
Minha boca percorre, todo seu corpo

Eu sou um LOBO

Rasgo tuas roupas, sinto tua pele quente
Te marco a pele cravando-lhe os dentes
Tua carne macia me deixa louco

Eu sou um LOBO

Te pego, de qualquer jeito, jogo no chão da toca
Você sente minha força e tua carne me prova
Arranha a minha pele, mudando a expressão no rosto

Eu sou um LOBO

Ouvem-se  tapas, gritos e gemidos, dos dois lados
Várias posições e cada hora um sendo controlado
Ela faz coisas que o deixam bobo, e não deveriam pois

Ele é um LOBO

Uma outra fera, com a mesma fome, nunca imaginou existir
Vendo-a agora por cima e sem saber como chegou ali
No final compreende, porque ela também, possui essa fúria louca

Ela é a LOBA 

Joakim Antonio

3 comentários:

  1. Cade vez mais me surpreendo com vc amigo! Parabéns

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  2. Um bucadinho de tempo fora da tela... e o seu teclado, praticamente com vida própria, já percorre tantas histórias.

    Do chapéu e espada do pirata, aos olhos atentos de quem já 'bateu' naquele outro endereço mas ainda não encontrou ninguém por lá... Entrementes... alguém há de aparecer!

    Partiu então à desvendar os mistérios sobre duas almas perfeitas que se encontram e se reconhecem, como se estivessem unidas há milhares de anos...

    Para então desaguar na energia cósmica, faminta, carnal e fluida dos amantes !

    Beijo e saudades.

    (Ahhhh... Adorei o poema. Realmente somos 4 com muito, muito em comum)

    Meridiano Digital
    (Marilia Borges)

    ResponderExcluir

"Quando escrevo minhas idéias tornam-se a pena e minha alma a tinta, por isso quando você lê, você me sente."

Deixe-me saber o que você sente.

Obrigado por comentar!

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