terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ultrajada



Bandeira hasteada.

Contra a haste,
cupins, serras,
culturas inteiras.

Metade solitária.

Solidária a meio-pau,
encontrada a meio-fio,
enfincada na multidão.

Fulgurante como o sol.

Ilumina a noite,
até virar cinzas,
e talvez, Fênix.

Multiplicada em partes.

Rasgadamente exaltada,
parte por parte,
após regurgitada, de cima.

Bandeira ultrajada.

Por não conseguir chegar,
muito antes,
a quem mais a exalta e precisa.

Joakim Antonio

4 comentários:

  1. Que linda e triste poesia! Orgulho e vergonha, realidade dolorida.

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  2. Que linda e triste poesia! Orgulho e vergonha, realidade dolorida.

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  3. Quem são os que cabem sob a vista desta bandeira, há muitos que ela não quer representar, ou pelo menos quem a hasteia no planalto central.

    ResponderExcluir
  4. Eu lembro que estudei a importancia de uma bandeira. Mas isso em tempos idos, no colégio e lembro de ler que um homem ergueu sua bandeira como se fosse sua alma e mesmo caíndo a manteve, enquanto pode no alto.
    Seu poemas deixou-me em suspenso.
    bacio

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"Quando escrevo minhas idéias tornam-se a pena e minha alma a tinta, por isso quando você lê, você me sente."

Deixe-me saber o que você sente.

Obrigado por comentar!

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