quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Manifesto Pau-Brasil - Descortinando Oswald de Andrade (escritor)



Leu o manifesto
Sentou-se Oswaldo
Se sentiu de Andrade
Olhou em volta
Paredes, móveis e carro na porta
Todos feitos de madeira
Leu novamente o título
Abriu um grande sorriso
Sentiu-se Poeta

Joakim Antonio


"A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos." Oswald de Andrade




José Oswald de Sousa Andrade Pereira Pinto de Oliveira Siqueira Neto , (São Paulo, 11 de janeiro de 1890 — São Paulo, 22 de outubro de 1954) foi um escritor,ensaísta e dramaturgo brasileiro.

Foi um dos promotores da Semana de Arte Moderna que ocorreu 1922 em São Paulo, tornando-se um dos grandes nomes do modernismo literário brasileiro. Foi considerado pela crítica como o elemento mais rebelde do grupo, sendo o mais inovador entre estes.

Autor dos dois mais importantes manifestos modernistas, o Manifesto da Poesia Pau-Brasil e o Manifesto Antropófago, bem como do primeiro livro de poemas do modernismo brasileiro afastado de toda a eloquência romântica, Pau-Brasil.

O Manifesto da Poesia Pau-Brasil é do mesmo ano que o Manifesto Surrealista de André Breton, o que reforça a tese de que o Brasil estava a acompanhar plenamente o movimento das vanguardas mundiais. Tinha deixado definitivamente de ser uma forma de expressão pós-portuguesa para se afirmar plena e autonomamente. Neste manifesto Oswald defende uma poesia que seja ingênua, mas ingênua no sentido de não contaminada por formas preestabelecidas de pensar e fazer arte. “Poetas. Sem reminiscências livrescas. Sem pesquisa etimológica. Sem ontologia.”

O manifesto desenvolve-se num tom de paródia e de festa, de prosa poética pautada com frases aforísticas. Nele se expressa que o Brasil passe a ser uma cultura de exportação, à semelhança do que foi o produto pau-brasil, que a sua poesia seja um produto cultural que já não deve nada à cultura europeia e que antes pelo contrário pode vir a influenciar esta. Oswald defende uma poética espontânea e original, as formas de arte estão dominadas pelo espírito da imitação, o naturalismo era uma cópia balofa. "Só não se inventou a máquina de fazer versos — já havia o poeta parnasiano". Afirma assim uma poesia que tem que ser revolucionária. "A poesia existe nos fatos". “O trabalho contra o detalhe naturalista — pela síntese, contra a morbidez romântica. — pelo equilíbrio geômetra, e pelo acabamento técnico, contra a cópia, pela invenção e pela surpresa”. Fonte: Wikipedia


Links para baixar o Manifesto em PDF



  • Imagem 1: Capa do Livro de Poesias "Pau-Brasil" de Oswald de Andrade. Ilustração por Tarsila do Amaral.
  • Imagem 2: Wikipédia 

4 comentários:

  1. É um ótimo texto, daqueles que o ver o estado deste Brasil resolvem discuti-lo e ainda acreditar.

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  2. Oi Joakim,

    sentir-se poeta é uma conquista e tanto para um poeta. Em geral é mais comum ver a própria poesia como sendo manifestação natural de ser e estar, se sentir poeta é transcender o ser e o estar.

    Eu vim cheia de agradecimentos a você pela sua atenção de sempre e sua participação na minha festinha, muito obrigada!

    Beijos

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  3. HOLA Y PERDON! HACE MUCHO QUE NO PASABA POR LOS BLOGS,A COMENTAR,PERDI MI TIEMPO EN LAS REDES SOCIALES...ME FUI DE TODAS!
    ME DEDICO A MI BLOG, A ALGUNAS INVITACIONES Y A LOS DE MIS AMIGOS
    BELLISIMO TRABAJO!ME ENCANTÓ
    ABRAZOS
    LIDIA-LA ESCRIBA AUTORA

    BLOG ACTUALIZADO

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  4. Olá!
    Que bom acordar e encontrar coisas maravilhosas para ler.Adorei seu blog.
    Grande abraço se cuida

    ResponderExcluir

"Quando escrevo minhas idéias tornam-se a pena e minha alma a tinta, por isso quando você lê, você me sente."

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